Pegue tudo o que a sociedade ensina, separe apenas algumas coisas e aperte a descarga.






quarta-feira, 23 de março de 2011



Quando nos deparamos com certas situações que afrontam direitos e nossa liberdade(é também como um direito) , por vezes, talvez quase instintivamente, somos levadxs a adotar algo que carregue o peso da responsabilidade de nossa apatia ou a ‘’não ação’’.



Aquele aumento na passagem, aquele desvio de verba, a espera na fila do hospital que deixamos passar sem ir à rua protestar, sem gritar, nos coloca ao nível de quem criticamos e combatemos. Não é colocando a culpa no sistema e vociferando, usualmente por meios virtuais, no contexto atual, as desigualdades e desgostos que vamos ser atuantes nesse mundo de merda. E NÓS fazemos parte da merda. Não havemos de nos excluir, viver a margem sim, abster-se da responsabilidade pelo que há lá fora, ai sim é fracassar.



Culpa gerações e viver a nostalgia do “no meu tempo” é ecoar ao mundo o fracasso da nossa luta, o nosso momento é e sempre será o agora. Fizemos algo pela luta do nosso ideal? Se fizemos, a pegada como marca da caminhada está feita, mas ela fica para trás se pararmos de andar ao lado dxs companheirxs, viramos lembrança e lembranças morrem, deixar de andar e lutar é declarar-se MORTO.

Margear-se, sim! Excluir-se, nunca!


Somos parte de um todo. Hei de lutar! Hei de caminhar!
Se me excluo como indivíduo, não haverei de ter dignidade nas conquistas do COLETIVO.


Thiago Bärtïãö

terça-feira, 22 de março de 2011

Enjoy

                                                            
         
                                                            
                                                            
                                                             
                                      
                                      
                                                            
                                     

quarta-feira, 16 de março de 2011

Vou me apresentar
e o prazer e todo seu
passo a vida de cabeça baixa
só ligo para o que é meu


Uso roupas rasgadas
quero te chocar
mostrar que sou diferente
veja minha cara de mau


Saio com meus amigos
para falar palavrões
faço músicas pro capeta
xingo tu e tua mãe


Tenho uma bandinha
com isso me sinto o tal
não tendo nada para falar faço rimas com meu pau


Não tenho conteúdo
Não tenho opinião
tudo que eu sei vi na televisão


Falo mal da sociedade
Falo mal da política
mas não faço nada da vida
sou apenas um parazita


Mas hoje que estranho
algo me aconteceu
acordei olhei no espelho
e nada apareceu


Gritei pela minha mãe
que ainda limpa minha bunda
ela vem mas não me olha
passa por mim e vai embora


Que se foda a velha então
vou sair com meus amigos
eles sim é que importam
mas até esses malditos passam por mim e me ignoram


Vou assistir televisão
isso sim é divertido
ligo no canal Desgraça 24hrs
e vejo um muleque parecido comigo


Alguma coisa está errada
o muleque no chão sou eu
o reporter diz que o presunto mereceu


O que fiz eu não me lembro
não me importo em lembrar
meu nome é Otário
estou em todo lugar